viva a manife
AS manifes estão, como o resto do país em recessão e nota-se pela falta de corpos novos e lavados nas manifes do século XXI em Lisboa
uma
maré de corpos mal lavados e de carecas obesos encheu a manife cheia de
velhas sessentonas e professoras à beira da reforma precoce
vieram em dezenas de camionetes ou nos cacilheiros, tinham a 4ª classe feita, povoavam as suas imaginações palhaços em cartazes e coelhos enforcados, traziam farnel de sandes de carnes frias e petiscaram na rotunda que nos deu o 5 de Outubro
não trouxeram canhões e as garrafas de fanta e de coca cola substituiam os garrafões de tintol de tempos passados, as senhoras partilharam pastilhas de Nimed que o sol dava dores na cacholeira
os senhores partilharam mini's e super bock talvez para conseguir o mesmo efeito
os miúdos não partilhavam nada pois nem se via um
tava calor, mesmo bué, bué dele, ar mé ni ó estava sequinho mas lá ia metendo água
A
MANIFE, no século XXI explica-se pela necessidade internética de estar online para
existir no mundo real, não se explica pela necessidade política de
abater a nobreza partidária com barões e brasões de cor errada.
É uma
singular forma de aviltar toda uma classe de expoliados futuros,
presentes e passados, con sagrando-a no martírio solar e prometendo-lhe
novos mundos para pilhar nos amanhãs que cantam, ou pelo menos chilreiam
A SEGUNDA MAIOR CIDADE DO PAÍS NÃO ACEITA DESCONSIDERAÇÕES,
RUI RIO QUER MANIFES DA CGTP NO PORTO
